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Simone Negrão

BONS LÍDERES PRECISAM DE TREINAMENTO, SIM!



A liderança sempre esteve presente desde que o mundo é mundo, vejamos: os primeiros homens na Terra foram os povos nômades e os líderes eram os que tinham habilidade e força para caçar e guerrear.

No feudalismo prevaleceu a relação de suseranos e vassalos, os líderes eram os senhores feudais, que faziam uso, muitas vezes, da força ou de armas para impor sua superioridade. No capitalismo mercantilista a liderança era exercida pelo rei, onde predominava o absolutismo monárquico, pois o rei controlava a economia nacional.

Na era industrial surgiram os níveis de poder: operários, mestres, supervisores e gerentes e a liderança era exercida através do controle e comando. Na era tecnológica a liderança se dá por que domina a tecnologia, embora ainda seja marcada pela liderança hierárquica.

A era do conhecimento, na qual nos encontramos, é marcada pela valorização do capital intelectual, ou seja, a pessoa é valorizada pelo conhecimento que possui. Além disso, é exigido que os líderes saibam trabalhar em rede, sejam bons articuladores, desenvolvam pessoas e times, tenham um bom nível de soft skills.


Como vimos, a liderança esteve e sempre estará presente na sociedade, principalmente no contexto corporativo, porém era muito menos complexo ser líder nas décadas passadas do que na atual.

A gestão 4.0 na incerteza do mundo VUCA tem trazido dúvidas e incertezas para os líderes, por que não há receitas de bolos e é uma questão necessária de ser trabalhada em um mundo cada vez mais disruptivo. O Fórum Econômico Mundial divulgou que uma das competências necessárias aos profissionais em nossa era é justamente gestão de pessoas.


Empresas perdem milhões por problemas de má gestão e má liderança, perdendo, inclusive seus talentos. A era do conhecimento veio acompanhada da guerra por talentos e de nada adianta a organização contratar o melhor talento do mercado se o líder não souber como retê-lo, certamente o talento irá para outra empresa e até mesmo para o concorrente. E nem todas as empresas sabem como engajar talentos, infelizmente.


Mas se tudo é incerto, volátil, complexo e ambíguo, como um líder pode acertar?

Bons líderes são forjados pelo aprendizado, experiência e muita autorreflexão, por isso, uma boa escola de liderança, leitura, cursos contínuos de atualização profissional exercem um papel decisivo no seu desempenho, além de estar muito antenado nas tendências da sociedade.

“Liderar é uma arte” pode parecer um clichê em uma primeira olhada, mas garanto que um verdadeiro líder é um artista no sentido de convergir as preferências e os gostos de seus liderados e ainda converter tudo isso em produtividade.


São muitos os desafios dos líderes para serem eficazes em um ambiente ágil e em constante construção e nada 100% definido. Por isso, urge compartilhar ideias, estudar, refletir, praticar, experimentar. Essas práticas são muito trabalhadas em bons treinamentos de liderança, onde os participantes são convidados a se autoconhecer, a rever seus estilos, discutir ideias e soluções em ambientes complexos e ambíguos. Ninguém nasce sabendo, nem os líderes natos, por isso outra competência de profissionais competentes da nossa era é a aprendizagem constante.

Quem não gosta ou quer aprender, fica para trás, obsoleto, fora do mercado competitivo.


Já vi muitos executivos seniores afirmando que não precisam de treinamentos e que aprenderam tudo na prática, inclusive em empresas em que atuei. Olhando mais de perto, vi que eram líderes que perderam muitos talentos, criticados e evitados por muitos profissionais. Bons de hards skills, mas péssimos de soft skills, justamente estas que fazem toda a diferença na carreira de um bom líder!


Termino este artigo convidando você, líder, a uma reflexão: de zero a dez, que nota você daria para as suas soft skills hoje?

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